24 outubro 2006

A oposição erra ao negar o governo Lula!

Durante oito anos ouvi petistas de todas as matizes dizerem que o governo Fernando Henrique era uma porcaria, que nada tinha realizado e aquele blá-blá-blá todo. Quando o presidente Lula tomou posse o que ele fez: manteve as políticas do governo anterior, melhorou algumas coisas e criou algumas coisas novas. O governo de Fernando Henrique afinal não tinha sido o que diziam quando estavam na oposição. Agora acontece a mesma coisa. O discurso da oposição é o de afirmar que o governo Lula é incompetente etc etc. Não vai dar certo. Se o governo Lula fosse incompetente tinha desmontado o que os ministros Paulo Renato Souza, José Serra e Pedro Malan, fizeram na Educação, na Saúde e na Economia. E os petistas não fizeram isso. Mantiveram o que estava bem, aperfeiçoaram (muitas vezes seguindo receitas deixadas prontas pelos próprios tucanos) e avançaram em áreas que os tucanos não realizaram por falta de condições políticas ou financeiras. Alguns exemplos: os tucanos diziam que era preciso racionalizar a rede de proteção social e os petistas fizeram o Bolsa Família; os tucanos achavam que era necessário criar um ministério para tratar da explosiva questão urbana e os petistas fizeram o Ministério das Cidades; o ex-ministro Pedro Malan afirmava que era preciso respeitar os contratos e manter o ajuste fiscal, o candidato José Serra disse que manteria o regime de metas de inflação, o câmbio flutuante e a política de superávit primário, e os petistas fizeram exatamente isso. Na minha humildíssima opinião os dois governos são muito parecidos, são governos de continuidade e que mostram que a sociedade brasileira amadureceu no sentido de suas principais forças políticas terem, na prática, chegado a um consenso sobre o que deve ser feito para o Brasil ir adiante. Hoje, por exemplo, apenas uma minoria, e sem eco, continua negando que é preciso ser duro no combate à inflação. Há divergências pontuais sobre o que deve ser feito, o ritmo em que deve ser feito e a ousadia que se deve ter. Há divergências quanto ao volume de recursos que se deve destinar aos mais pobres. Mas no essencial estão todos de acordo.

O texto acima, de 25 de janeiro de 2006, é do blog do Ilimar Franco. No blog de hoje ele destaca outros "textos atuais", nas palavras do mesmo.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

opinião interessante.

10:54 PM  

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