10 outubro 2006

Debate - Candidatos distorcem dados em duelo

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) recorreram a dados errados no debate deste domingo. Para falar de crescimento econômico, um dos pontos fracos de sua administração, o presidente teve de fazer um remendo em seu mais tradicional bordão, o "nunca antes na história deste país" aplicado a qualquer tema político, econômico ou social. "Fizemos o país crescer como em nenhum momento de sua história nos últimos 20 anos", disse, no debate na TV Bandeirantes.

No figurino de administrador eficiente, Alckmin fez, a exemplo de Lula, propaganda enganosa do crescimento econômico obtido em São Paulo - segundo ele, superior ao desempenho nacional. De 2001, quando Alckmin assumiu o Estado com a morte de Mario Covas, a 2004, São Paulo cresceu a uma taxa média de apenas 2,4% ao ano. Seu melhor resultado, que evitou uma média ainda pior, foram os 7,6% de 2004, sob Lula.

O presidente, que na campanha de 2002 falou em gerar 10 milhões de empregos, alegou durante o debate ter criado 7 milhões, uma número de procedência duvidosa.

Os gastos em saneamento também foram superestimados por Lula. Mesmo considerado empréstimos contratados, mas ainda não desembolsados, com dinheiro do FGTS, os investimentos ficaram longe dos R$ 10 bilhões mencionados. O custo com servidores contratados sem concurso foi superestimado por Alckmin. A conta só alcança os R$ 8 bi citados se contabilizadas as gratificações pagas a funcionários de carreira.

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