09 novembro 2006

Grandes grupos lideram a lista das doações de campanha

Individualmente, quem mais fez doações foi a Caemi Mineração e Metalurgia, empresa do grupo Vale do Rio Doce: R$ 8,7 milhões. Entre os beneficiados estão o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), com R$ 300 mil; o deputado Jáder Barbalho (PMDB-PA), com o mesmo valor; e o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), um dos coordenadores da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições presidenciais, com R$ 200 mil.

O grupo Gerdau investiu R$ 8 milhões e também distribuiu o dinheiro entre candidatos de diversos partidos. As maiores doações foram feitas ao governador reeleito de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves (R$ 400 mil); o governador peemedebista Germano Rigotto, que tentou a reeleição ao governo gaúcho (R$ 200 mil); e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT), que tentava se eleger governador de São Paulo (R$ 200 mil). O dono do grupo, Jorge Johannpeter Gerdau, é um dos nomes cotados para assumir um ministério no segundo mandato de Lula.

As empreiteiras de obras foram as empresas que mais investiram nas eleições de outubro. Foram R$ 66,4 milhões em doações eleitorais a candidatos a governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Esse setor é o que tem interesses mais objetivos no Congresso: as grandes obras públicas são financiadas com recursos do Orçamento da União, que recebe emendas de parlamentares.

Na lista dos setores que mais doaram, o setor de agronegócios vem na segunda colocação, mas bem atrás das empresas de construção civil: R$ 26,3 milhões. As usinas de açúcar e álcool colaboraram com mais R$ 21, 4 milhões. Três setores que tradicionalmente contribuem com as campanhas eleitorais injetaram R$ 52, 6 milhões: as empresas do ramo de siderurgia doaram R$ 24,2 milhões, os grupos de mineração R$ 17,6 milhões e as indústrias do ramo petroquímico colaboraram com R$ 10,8 milhões.

Leia na íntegra
.

[Ou seja, não precisamos esperar grandes coisas da prometida reforma política... Neguim já tá com rabo preso!]